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As escolhas da Fifa e a hora de discutir o poder no mundo futebol
03/12/2010 15:48Fifa resolveu abraçar o “mundo novo” do futebol.
Rússia e Catar vão receber os próximos mundiais depois de um ruidoso processo de seleção, com denúncias de corrupção entre seus membros.
A entidade tem exercido o seu poder para levar a bola da Copa a lugares que necessitam de pesados investimentos para abrigar o evento.
Brasil, Rússia e Catar. Em todos eles a competição começa na areia, praticamente virtual, num show de maquetes. E não podemos esquecer da África do Sul.
Independentemente das preferências de cada um, talvez tenha chegado a hora de se discutir o papel das entidades que manejam o futebol e seus poderes absolutos.
É um grande negócio, é um esporte maravilhoso, é indústria do entretenimento, mas é poder demais nas mãos de pouca gente.
Duas declarações chamaram a atenção nos últimos dias. O presidente do governo espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, disse que Portugal e Espanha estariam prontos para realizar o Mundial no mês que vem.
Já o ex-presidente dos EUA, Bill Clinton, afirmou o seguinte: “Se a Copa for realizada nos Estados Unidos, a FIFA não terá qualquer trabalho de pensar na infraestrutura ou em estádios. Temos tudo.”
Foi quando entraram pelo cano.
Países prontos, sem obras, não têm o menor valor.
Vladimir Putin, o chefão russo, disse antes da escolha que não iria à Fifa por que se tratava de um jogo de cartas marcadas.
E esses caras ainda têm o serviço secreto ao lado deles.
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